quinta-feira, 21 de julho de 2011

Um pouco sobre Credibilidade e responsabilidade. Ou, o predomínio do paralelismo político dos tempos do café com leite.

Seja no mundo real ou virtual, falar sobre Capela Nova, sempre deu “ibope”. Ainda mais quando envolve política. (E o que é que não envolve?) Eu que o diga. Depois da recente postagem a respeito da festa do capelanovense 2011, as visitas no blog,  pipocaram. O interessante,  é que mesmo sem comentários postados aqui, fui informado que não disponho de “credibilidade” para falar da forma que abordei o assunto. Provalvelmente, nesta simplória corrente de pensamento, minha declarada postura favorável à atual administração em suas duas eleições, me descredencia a discordar de seus atos ou realizações (ou da ausência deles). Em outras palavras, se não sou “contra”, obrigatoriamente, tenho que ser a favor de tudo. 

Se esquecem os autores de tão brilhante tese, inspirada nos tempos dos coronéis, que  os arcaicos “ladismo” e “outro-ladismo” terminam no dia da eleição. Depois sobram Representantes e Cidadãos. Todos com papéis muito bem definidos. O Legislativo elabora leis e fiscaliza o executivo. O Executivo administra os interesses públicos e cumpre as leis. E finalmente, nós, Cidadãos, cobramos desses representantes eleitos, atuações consistentes e condizentes com seus papéis. Ou pelo menos assim que deveria ser. Independentemente de ser situação ou oposição. Eu faço a minha parte. Porém, consciente do meu papel. E vem muito mais por aí. Eventuais críticas ligadas à cidade ou sua administração, terão essência construtiva e contrapontos definidos. Não como alguns blogueiros por aí, que se auto-classificam como apreciadores de “pegar no pé”. É isso. Pegar no pé. Tão simples quanto a história da pedra na vidraça. E estariam eles mais credenciados que eu, a expor pensamentos divergentes? Nessa linha pensamento separatista sim. Afinal, são “oposição”. Seja lá o que essa palavra signifique no dicionário oposicionista capelanovense.

Aliás, por onde tem andado a oposição? Vejo que o lulismo e seus assombros não vigorou só na escala federal. Enquanto nos bastidores, a situação trava suas batalhas pré-eleitoreiras, não se tem notícia da força “alternativa” da oposição. De vez em quando, aparecem alguns gatos pingados virtuais, que gostam de pegar no pé, mas no geral anda sumiiiiida... Eu, que não pego no pé, (também nem sou credenciado pra isso, não é? hehe), em dados momentos, me sinto mais oposição do que a própria.Deve estar revendo conceitos e aponsentado as máximas de dentaduras e tapinhas nas costas, para dar lugar a boas ideias, porque aparecer ano que vem, depois de quatro anos de dormência, com um sorriso amarelo e promessas vazias de mudança, não vai pegar bem, ou vai? Se bem que levando em conta esse “teorema da credibilidade”, contra é contra e a favor é favor. Até debaixo d’água. Mudar é trocar “eles” por “nós”  (ou vice-versa) e pronto. Continuamos na mesma de foguetes, insultos e… só. 

Eu não “pego no pé”. Eu exerço meu direito de livre expressão das minhas opiniões, satisfações e insatifações. E escrevo sobre o que acho certo e o que acho errado. E escrevo porque posso escrever. Porque não dependo dos aiatolás do pluralismo de um lado só. Essa história de Mezenga ou Berdinazzi, de servidão a qualquer custo, é de uma pequenice tremenda! No dia15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, proclamou a república no Brasil. Portanto, minhas posturas não fazem de mim um reles súdito. Sou cidadão. E é o que todos deveriam ser. Infelizmente, muita gente (inclusive das novas gerações) ainda se enxergam como se fossem um disco de vinil: ou lado A ou lado B. Se esquecem que o desenvolvimento de uma cidade está muito além de revanchismos tolos dos herdeiros da Velha República.

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