terça-feira, 31 de maio de 2011

Porque tudo tem começo...


Você acorda, come, estuda, trabalha, bebe, fuma, faz sexo, escuta música, compra roupas, busca por tecnologia, gostaria de buscar mais informação, embora o tempo escorra por entre seus dedos. Você quer ser rico. Ter família, casa, mobília. Quer enfim, ser feliz. 


Você assiste televisão, acessa a internet, lê artigos e reportagens aleatórias em revistas de grande circulação do país. Sabe quase tudo que acontece com seu time, com a vida de artistas e celebridades, as cenas do próximo capítulo da novela. Você odeia a palavra alienação, não por sua essência, mas pela carga que ela carrega ao ser pronunciada. Você conversa com seus pais e amigos sobre política, mas quase sempre sabe menos da metade dos fatos. O resto é senso comum. Conformismo viral. Falta de atitude. 


Estamos passando por uma época em que as represálias não são mais físicas, mas intelectuais. E por algum motivo não nos manifestamos quanto a isso. 


Você se deita, e momentos antes de cair no sono, pensa se poderia fazer mais, porém tudo já foi feito. Seus pais já lutaram ou viram as lutas. E querem que você acredite que não existem mais motivos para gritar. Não os julgue. Isso se chama proteção. O fato é que por dentro, você sabe que existem nós no cordão. Eles são completamente visíveis! Sabe que existe algo a fazer, que deve ser feito! 


Política, relações humanas, natureza, trabalho, idéias, ideais...


Não se trata de revolução e sim de concientização. A juventude está conformada e estagnada. Não é oportuno remar contra a maré. É cansativo, pejorativo, abominável,  trabalhoso. Porém, quando algo chega para acrescentar, as peças do quebra-cabeça se encaixam aos poucos (ou aos montes). Novos pensamentos devem ser expostos e contemplados, substituindo aquilo que já não se encaixa mais na realidade, aquilo que já não funciona mais.


Aqui, tudo começa a partir de agora. Inicialmente com a instigação individual, com o questionamento do que acontece à nossa volta. Futuramente? Não sei. Tudo depende do lugar em que as sementes cairão. O vento simplesmente as espalha.


 O objetivo deste blog é o mesmo de uma colher de pau em um caldeirão cheio. Revirar o caldo. Sem receios...